segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Morte

 E hoje me senti um pouco mais próximo da morte. Não sei por qual motivo ela sempre me pareceu distante, indiferente, mas hoje eu olhando em sua face vejo como ela é presente, nos meus sonhos, nas paisagens, nas feições, nos desejos, na natureza, presente em tudo que ainda estar presente. A morte sempre tão chocante, mas porque chocante? Se ela sempre tão comum, como pode causar tanta hostilidade em alguns?
  Sua face fria, pálida, irreconhecível, incomparável ao antigo brilho dos teus olhos, do teu sorriso, onde hoje habita o sinal do teu desligamento. E agora onde antes havia teus suspiros, tua respiração ofegante, agora eles dão lugar a um pedaço de algodão, que impede que seja mais chocante a tua partida. Acompanho-te chorando, as lágrimas são incontroláveis, tu deitado ao meu lado, ainda intacto, esperando as futuras ações da natureza e mesmo eu nunca querendo está ali era impossível voltar no tempo, mudar as coisas, a morte era irreparável.(por:mayara domingos)

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